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Vol. 37. Núm. 7.
Páginas 627-628 (julho 2018)
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Imagem em Cardiologia
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Veia cava superior esquerda persistente – Um acesso vascular sem limitações
Persistent left superior vena cava – A vascular access without limitations
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Tatiana Guimarães
Autor para correspondência
tatiana.oliveira.guimaraes@gmail.com

Autor para correspondência.
, Ana Bernardes, João de Sousa, Pedro Marques
Serviço de Cardiologia, Hospital de Santa Maria, Centro Académico Médico de Lisboa, CCUL, Lisboa, Portugal
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A veia cava superior esquerda persistente (VCSEP) é a malformação venosa congénita torácica mais frequente e o seu diagnóstico costuma ser incidental. Casos clínicos demonstrativos de implantação de pacemakers de dupla câmara (DDD), cardioversores desfibrilhadores implantáveis e sistemas de ressincronização cardíaca através desse acesso venoso foram já descritos na literatura. Contudo, na grande maioria dos casos apresentados o posicionamento do eletrocater (ECT) ventricular direito (ECT‐VD) ficou restrito ao apéx do ventrículo direito (VD). Até ao momento estão descritos na literatura apenas quatro casos de posicionamento do ECT VD no trato de saída do VD através da VCSEP. Os autores apresentam o caso de uma doente do sexo feminino, de 79 anos, com diagnóstico de síncope e bloqueio de ramo esquerdo proposta para implantação de pacemaker DDD. Durante o procedimento obteve‐se acesso venoso pela veia cefálica esquerda, verificou‐se que o ECT progredia à esquerda da coluna vertebral, sugestivo da presença de VCSEP. Através desse acesso foi possível implantar sequencialmente o ECT‐VD no trato de saída do VD e o ECT auricular no apêndice auricular direito, ambos com sistema de fixação ativa (Figura 1).

Figura 1.

Imagem fluoroscópica (incidência obliqua direita) imediatamente após a implantação de pacemaker de dupla câmara, através da veia cava superior esquerda persistente, com posicionamento do eletrocateter ventricular no trato de saída do ventrículo direito (seta preta).

(0.11MB).

Embora a VCSEP dificulte a implantação desse tipo de dispositivo cardíaco, não é fator limitante do ótimo posicionamento do ECT‐VD no trato de saída do VD, que, quando comparado ao pacing apical ventricular direito, os estudos demonstraram ser benéfico e estar associado a menos dessincronia ventricular, com QRS mais estreitos e maior débito cardíaco.

Conflitos de interesse

Os autores declaram não haver conflitos de interesse.

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