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Vol. 32. Núm. 2.
Páginas 169-171 (Fevereiro 2013)
Vol. 32. Núm. 2.
Páginas 169-171 (Fevereiro 2013)
Imagem em Cardiologia
Open Access
Utilidade da tomografia computorizada cardíaca no planeamento e avaliação do resultado da ablação septal por álcool
Usefulness of cardiac computed tomography in planning and evaluating alcohol septal ablation
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Ana Faustinoa,
Autor para correspondência
anacatarina.faustino@gmail.com

Autor para correspondência.
, Nuno Ferreirab, Nuno Bettencourtb, Mónica Carvalhob, Daniel Leiteb, Vasco Gamab
a Serviço de Cardiologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal
b Serviço de Cardiologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Gaia, Portugal
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A ablação septal por álcool (ASA) é uma opção terapêutica na cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva refratária ao tratamento médico1–3. A tomografia computorizada (TC) cardíaca pode ser útil na seleção de doentes, permitindo avaliar em simultâneo a anatomia coronária e a sua relação espacial com o miocárdio – importante na avaliação da exequibilidade da ASA e escolha da artéria septal adequada. Permite ainda, com baixa dose de radiação, avaliar o seu sucesso, identificando a redução da obstrução após o procedimento e a área de fibrose (sem contraste adicional, se realizada imediatamente após ASA)1–3.

Os autores apresentam imagens ilustrativas do valor da TC, correlacionando-a com modalidades de imagem habitualmente utilizadas neste contexto.

Na Figura 1 compara-se a obstrução da câmara de saída do ventrículo esquerdo (CSVE) por ecocardiografia (A) e TC (B), sendo ainda identificada uma septal (seta).

Figura 1.

Painel A: Ecocardiograma transtorácico bidimensional em plano paraesternal eixo longo em diástole. Painel B: A mesma projeção por TC cardíaca em Multiplanar reconstruction (MPR) com 12mm de espessura, durante a diástole.

(0,11MB).

A Figura 2 apresenta a anatomia das artérias septais (seta) por coronariografia invasiva (A) e por TC (B-D), evidenciando a relação das septais (seta) com a cavidade ventricular (C) e o miocárdio hipertrofiado (B e D).

Figura 2.

Painel A: Coronariografia invasiva em incidência oblíqua anterior direita. Painel B: Coronariografia por TC em maximum intensity projection (MIP) com 12mm de espessura. Paineis C e D: Coronariografia por TC em reconstrução tridimensional.

(0,28MB).

Nas imagens da CSVE após ASA (Figura 3), confirma-se o sucesso do procedimento por ecocardiograma (A) e TC (B).

Figura 3.

Painel A: Ecocardiograma transtorácico bidimensional em plano paraesternal eixo longo em sístole. Painel B: TC cardíaca com MPR (12mm) em plano de 3 câmaras durante a sístole (25% do ciclo cardíaco).

(0,1MB).

Na Figura 4 são comparadas imagens de realce tardio após ASA, evidenciando áreas de fibrose miocárdica (setas) e lesão microvascular provocada pelo álcool (triângulo), obtidas por ressonância magnética (A) e TC (B).

Figura 4.

Painel A: Avaliação de realce tardio por: ressonância magnética cardíaca (phase sensitive inversion recovery) em eixo curto. Painel B: TC cardíaca na mesma projeção, em MPR com 12mm de espessura.

(0,12MB).

A TC cardíaca é uma técnica não invasiva que permite de forma completa planear a ASA, avaliar o seu resultado e predizer o seu sucesso a longo prazo.

Responsabilidades éticasProteção de pessoas e animais

Os autores declaram que para esta investigação não se realizaram experiências em seres humanos e/ou animais.

Confidencialidade dos dados

Os autores declaram ter seguido os protocolos de seu centro de trabalho acerca da publicação dos dados de pacientes e que todos os pacientes incluídos no estudo receberam informações suficientes e deram o seu consentimento informado por escrito para participar nesse estudo.

Direito à privacidade e consentimento escrito

Os autores declaram que não aparecem dados de pacientes neste artigo.

Conflito de interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

Bibliografia
[1]
J.F. Deux, J. Potet, P. Lim, et al.
Is multidetector computed tomography a suitable alternative to MR imaging for the assessment of myocardial necrosis after alcohol septal ablation?.
[2]
R. Mitsutake, S. Miura, H. Sako, et al.
Usefulness of multi-detector row computed tomography for the management of percutaneous transluminal septal myocardial ablation in patient with hypertrophic obstructive cardiomyopathy.
Int J Cardiol, 129 (2008), pp. e61-e63
[3]
S. Okayama, S. Uemura, T. Soeda, et al.
Role of cardiac computed tomography in planning and evaluating percutaneous transluminal septal myocardial ablation for hypertrophic obstructive cardiomyopathy.
J Cardiovasc Comput Tomogr, 4 (2010), pp. 62-65
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