Informação da revista
Vol. 33. Núm. 6.
Páginas 393-394 (junho 2014)
Vol. 33. Núm. 6.
Páginas 393-394 (junho 2014)
Imagem em cardiologia
Open Access
Trombo mural e aorta torácica aneurismática – uma associação rara
Mural thrombus and thoracic aortic aneurysm: An unusual association
Visitas
40104
Ana Baptistaa,
Autor para correspondência
baptista_ana@hotmail.com

Autor para correspondência.
, Sofia Carvalhoa, Pedro Magalhãesa, Manuel Carneirob, Pedro Mateusa, Ilídio Moreiraa
a Serviço de Cardiologia, Centro Hospitalar de Trás‐os‐Montes e Alto Douro – Unidade de Vila Real, Vila Real, Portugal
b Serviço Cardiologia, Centro Hospitalar de Trás‐os‐Montes e Alto Douro – Unidade de Chaves, Chaves, Portugal
Este item recebeu

Under a Creative Commons license
Informação do artigo
Texto Completo
Baixar PDF
Estatísticas
Figuras (1)
Texto Completo

Doente do sexo feminino, 72 anos, foi proposta para cirurgia após fratura do úmero por queda acidental, sem síncope. Apresentava antecedentes de síndrome demencial, HTA e aneurisma da aorta com trombo mural diagnosticado há oito anos não referenciado para cirurgia por recusa de tratamento cirúrgico. Foi solicitada avaliação cardiovascular pré‐operatória. Na observação, doente assintomática, com tensão arterial controlada e sem diferencial tensional entre membros. Foi avaliada com ecocardiograma transtorácico que mostrou (Figura 1) ectasia ligeira da aorta ascendente (36mm), aneurisma da crossa da aorta (69mm) e da aorta descendente (43mm), com imagem sugestiva de trombo volumoso (35mm) organizado ao nível de sua parede. Estudo complementado com angio‐TC que confirmou aneurisma da crossa e aorta descendente com diâmetro máximo de 7cm e volumoso trombo mural sem sinais de rutura, disseção ou hematoma parietal. Confirmou‐se, assim, aneurisma da aorta com indicação cirúrgica, que foi novamente proposta à doente e familiares com manutenção de recusa de tratamento dada vida de relação precária. Ao mesmo tempo tratava‐se de aneurisma da aorta com trombo mural, que permaneceu sem complicações nos oito anos de diagnóstico. O tratamento com hipocoagulação oral surge como principal opção nos casos complicados por embolização; nos trombos assintomáticos o tratamento ainda não está claramente definido dado o número limitado de casos reportados, desconhecendo‐se os riscos da hipocoagulação e de embolização recorrente, pelo que nesta situação se optou por manutenção de controlo tensional. A doente foi submetida a cirurgia ortopédica com bloqueio regional, com pós‐operatório sem intercorrências.

Figura 1.

Radiografia torácica com alargamento mediastínico acentuado (A), ecocardiograma transtorácico, incidência supraesternal (B e C – eixo curto), a mostrar aneurisma da crossa da aorta e da parte proximal da aorta descendente, com imagem sugestiva de trombo volumoso, organizado, ao nível de sua parede; e angio‐TC torácico com aneurisma da crossa e aorta descendente com diâmetro máximo de 7cm e volumoso trombo mural sem sinais de síndrome aórtica aguda.

(0.19MB).
Responsabilidades éticasProteção de pessoas e animais

Os autores declaram que para esta investigação não se realizaram experiências em seres humanos e/ou animais.

Confidencialidade dos dados

Os autores declaram ter seguido os protocolos de seu centro de trabalho acerca da publicação dos dados de pacientes e que todos os pacientes incluídos no estudo receberam informações suficientes e deram o seu consentimento informado por escrito para participar nesse estudo.

Direito à privacidade e consentimento escrito

Os autores declaram que não aparecem dados de pacientes neste artigo.

Conflito de interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

Copyright © 2013. Sociedade Portuguesa de Cardiologia
Baixar PDF
Idiomas
Revista Portuguesa de Cardiologia
Opções de artigo
Ferramentas
en pt

Are you a health professional able to prescribe or dispense drugs?

Você é um profissional de saúde habilitado a prescrever ou dispensar medicamentos

Ao assinalar que é «Profissional de Saúde», declara conhecer e aceitar que a responsável pelo tratamento dos dados pessoais dos utilizadores da página de internet da Revista Portuguesa de Cardiologia (RPC), é esta entidade, com sede no Campo Grande, n.º 28, 13.º, 1700-093 Lisboa, com os telefones 217 970 685 e 217 817 630, fax 217 931 095 e com o endereço de correio eletrónico revista@spc.pt. Declaro para todos os fins, que assumo inteira responsabilidade pela veracidade e exatidão da afirmação aqui fornecida.