Lemos com interesse um artigo publicado recentemente nesta revista1, sob a forma da análise de estudos científicos prévios que versam sobre Scores de Risco os quais norteiam a decisão entre troca de válvula aórtica por meio da cirurgia cardíaca valvar ou através de implante via percutânea (TAVI) em pacientes com estenose aórtica. Notavelmente, o título não faz menção alguma ao assunto principal «estenose aórtica», simplesmente formula a frase de forma generalista e sem delimitação de assunto.
O autor afirma, respaldado pelos artigos citados, a falta de melhoria da qualidade de vida ou de recuperação funcional após procedimento de TAVI, prevendo a necessidade da criação de scores de risco para esse grupo de pacientes. Relacionado com a primeira premissa, o ensaio clínico randomizado pioneiro a respeito desse tratamento (TAVI) – o PARTNER (The Placement of AoRTic TraNscathetER Valves) coort B2, comprova excelente evolução nos pacientes submetidos ao implante percutâneo de válvula aórtica, evoluindo na classe funcional de NYHA3 em 12 meses, o que significa melhoria na qualidade de vida do indivíduo. Relacionado com a segunda premissa, vale engrandecer a pertinente comparação em relação aos scores de risco, de forma a classificar o EuroScore II4 mais discriminativo quando usado na avaliação do risco de mortalidade em relação ao procedimento cirúrgico, porém não é muito altruísta quando avalia o mesmo risco para pacientes submetidos a TAVI5.
Conflito de interessesOs autores declaram não haver conflito de interesses.