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Vol. 34. Núm. 4.
Páginas 297-298 (abril 2015)
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Implantação de CRT‐D através de veia cava superior esquerda persistente
Implantation of a cardiac resynchronization therapy defibrillator through a persistent left superior vena cava
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Miguel Nobre Menezes
Autor para correspondência
mnmenezes.gm@gmail.com

Autor para correspondência.
, Ana Bernardes, João de Sousa, Pedro Marques
Serviço de Cardiologia, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE, Lisboa, Portugal
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A persistência da veia cava superior esquerda é incomum, estando presente em 0,3‐2% da população em geral, com variação anatómica significativa. Reportamos um caso de um homem de 64 anos do sexo masculino com cardiomiopatia dilatada idiopática, internado eletivamente para implantação de um cardioversor‐desfibrilhador. Obteve‐se acesso venoso pela veia cefálica esquerda, tendo‐se verificado que o eletrocateter progredia à esquerda da coluna vertebral. Injetou‐se contraste, tendo‐se constatado a existência de uma veia cava superior esquerda persistente, que drenava para a aurícula direita, em estreita proximidade com o ostium do seio coronário. Quando confrontados com esta anomalia congénita, muitos operadores optam por usar desde o início do procedimento técnicas especiais para a implantação, especialmente para dispositivos biventriculares. Alguns utilizam uma abordagem direita para facilitar a manipulação dos cateteres, enquanto outros usam abordagens híbridas (direita e esquerda no mesmo procedimento), e alguns implantam o eletrocateter ventricular direito no ventrículo esquerdo. No entanto, estas técnicas podem tornar‐se bastante complexas, com risco acrescido de infeção e lesão vascular, especialmente perante uma abordagem bilateral. Assim, dado que vários autores, e a nossa própria experiência, demonstraram já que o implante convencional pode ser seguro e eficaz, optou‐se por tentar esta abordagem primeiro. Todos os cateteres foram então posicionados através da técnica convencional, incluindo um cateter quadripolar no seio coronário (Figura 1). Aos três meses de seguimento, os limiares de estimulação são adequados e obteve‐se ressincronização eficaz. Concluindo, embora a persistência da veia cava superior esquerda dificulte a implantação, a abordagem convencional deve ser tentada em primeiro lugar.

Figura 1.

Radiografia de tórax imediatamente após a implantação do CRT‐D através da veia cava superior esquerda.

(0.26MB).
Responsabilidades éticasProteção de pessoas e animais

Os autores declaram que para esta investigação não se realizaram experiências em seres humanos e/ou animais.

Confidencialidade dos dados

Os autores declaram que não aparecem dados de pacientes neste artigo.

Direito à privacidade e consentimento escrito

Os autores declaram que não aparecem dados de pacientes neste artigo.

Conflito de interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

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