Introduction and objectives: The only effective treatment for severe aortic stenosis (AS) is aortic valve replacement (AVR). The intervention should happen as soon as possible to lower the risk of heart failure and death. We aimed to assess the time between referral to the surgery center and performing the AVR for a sample of patients with severe AS diagnosis, as well as the impact it may have on hospitalization and mortality.
Methods: This was a retrospective study including 241 patients with severe AS submitted to AVR at the surgery center between January 2018 and December 2021, or patients that died during that period.
Results: In a total of 174 ambulatory patients who underwent AVR, 82.2% had surgical aortic valve replacement (SAVR) and 17.8% transcatheter aortic valve implantation (TAVI). The median wait time for SAVR and TAVI was 226 and 426 days, respectively. From a total of 56 hospitalized patients who underwent AVR, 89.3% had SAVR and 10.7% TAVI. The mean wait time for SAVR and TAVI was 9 and 15 days, respectively. While waiting for intervention, 13% of patients were hospitalized and 6% died.
Conclusions: The wait times for AVR found in our study are substantially longer than recommended for outpatient regimen. Extended wait times are linked to an increasing incidence of adverse events.
Introdução e objetivos: O único tratamento efetivo para a estenose aórtica (EA) severa é a substituição da válvula aórtica (SVA). A intervenção deve acontecer o mais rápido possível para reduzir o risco de insuficiência cardíaca e morte. O nosso objetivo foi avaliar o tempo desde a referenciação ao centro cirúrgico até à SVA de uma amostra de doentes com diagnóstico de EA severa e o impacto que este poderá ter na hospitalização e mortalidade.
Métodos: Estudo retrospetivo com inclusão de 241 doentes com EA severa que foram submetidos a SVA no centro cirúrgico de referência entre janeiro de 2018 e dezembro de 2021 ou que faleceram em lista de espera nesse período.
Resultados: Num total de 174 doentes submetidos a SVA em regime de ambulatório, 82,2% realizaram cirurgia de substituição valvular (SAVR) e 17,8% implantação percutânea de prótese valvular aórtica (TAVI). A mediana de tempo de espera para SAVR e TAVI foi de 226 e 426 dias, respetivamente. Num total de 56 doentes submetidos a SVA em regime de internamento, 89,3% realizaram SAVR e 10,7% TAVI. A média de tempo de espera para SAVR e TAVI foi de 9 e 15 dias, respetivamente. Enquanto aguardavam por intervenção, 13% dos doentes foram internados e 6% faleceram.
Conclusões: Os tempos de espera para SVA encontrados no nosso estudo são consideravelmente superiores aos recomendados, em regime de ambulatório. Tempos prolongados de espera em ambulatório estão associados a uma incidência crescente de eventos adversos.