Introduction and Objectives: Rotational atherectomy (RA) is widely used for the management of calcified coronary stenoses. However, there is limited data on its use, trends, and outcomes. We sought to report our twelve-year experience with RA and explore the trends and outcomes of percutaneous coronary intervention (PCI) with this device.
Methods: Our institutional PCI database was queried to identify all cases of RA-PCI performed between January 2009 and December 2020. We analysed peri-procedural outcomes and major adverse cardiovascular events (MACE) during follow-up: cardiovascular death, myocardial infarction, and target lesion revascularization.
Results: 410 procedures (2.8% of total PCI volume) in 388 patients were included. Mean age was 72.3±9.3 years, 74.0% were male, 53.6% had diabetes, and 33.8% presented with acute coronary syndrome. There was a significant increase in median SYNTAX score (ptrend=0.003) and the proportion of type B2/C lesions (ptrend=0.003). Transradial access was preferred (60.0% overall) with a growing trend over time (ptrend=0.003). Maximum burr size was <1.75 mm in 88.0% of cases (burr-to-artery ratio of 0.49±0.07). Angiographic success rate was consistently high (96.6% overall). Complications were recorded in 9.0% of procedures, with a temporal decline (ptrend=0.029). Clinical follow-up was available for 357 patients (median time of 40 months). At one year, MACE rate was 12.1%. with no significant temporal changes.
Conclusions: RA-PCI was a safe and effective procedure with a high rate of angiographic success and few complications, particularly in recent years, in line with significant technical improvements. The MACE incidence is acceptable considering the clinical risk and angiographic complexity.
Introdução e Objetivos: A aterectomia rotacional (AR) é amplamente utilizada para facilitar o tratamento de lesões coronárias calcificadas. Contudo, os dados sobre a sua utilização e resultados são limitados. O nosso objetivo foi caracterizar a nossa experiência de 12 anos com a AR e explorar as tendências temporais e os resultados da intervenção coronária percutânea (ICP) com este dispositivo.
Métodos: Analisámos retrospetivamente os doentes submetidos a AR entre janeiro de 2009 e dezembro de 2020. Avaliámos os resultados imediatos do procedimento e a ocorrência de eventos cardiovasculares major (ECM) durante o follow-up: morte cardiovascular, enfarte agudo do miocárdio, reintervenção na lesão alvo.
Resultados: Foram incluídos 410 procedimentos (2,8% do total de ICP) em 388 doentes. A média de idades foi 72,3±9,3anos, 74,0% eram do sexo masculino, 53,6% tinham diabetes. Houve um aumento significativo no score SYNTAX e no número de lesões B2/C (ptrend=0,003). O acesso radial foi o preferido (60,0%) com tendência crescente ao longo do tempo (ptrend=0,003). O tamanho máximo da oliva foi <1,75mm em 88,0% dos casos (relação oliva-artéria: 0,49±0,07). A taxa de sucesso angiográfico foi consistentemente alta (96,6%), enquanto as complicações decresceram (9%; ptrend=0,029). A um ano, 12,1% dos doentes tiveram ECM, sem alterações temporais (follow-up médio de 40 meses para 357 pacientes).
Conclusões: A AR é uma técnica segura e eficaz, com elevada taxa de sucesso angiográfico e uma taxa decrescente de complicações em consonância com melhorias técnicas significativas. A incidência de ECM é aceitável tendo em conta a complexidade clínica e angiográfica desta população.