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Vol. 31. Núm. S1.
Inibição do factor Xa
Páginas 27-31 (abril 2012)
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Fibrilhação auricular de causa não valvular: perspetiva do neurologista
Non valvular atrial fibrillation: the neurologist's perspective
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Luís Cunha
Diretor do Serviço de Neurologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
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Resumo

Os Acidentes Vasculares Cerebrais de causa trombo-embólica têm, nos últimos anos, aumentado de frequência. O melhor controlo de outros fatores de risco vascular e o envelhecimento da população, com o consequente aumento da prevalência de Fibrilhação Auricular de causa não valvular (FANV), serão a justificação deste incremento. Apesar da existência de terapêutica com notável eficácia, a anticoagulação, a perspetiva do neurologista sugere que está a ser sub-utilizada. Apresentamos a casuística dos internamentos no Serviço de Neurologia dos HUC do primeiro trimestre de 2011 e o seguimento durante o período de um a dois anos de todos os doentes que entraram na Unidade de AVC durante o ano de 2010, para fundamentar esta conclusão. Conclui-se que a introdução na prática clínica de novos anticoagulantes permitirá uma simplificação dos procedimentos nos doentes com FANV, promovendo na maioria dos casos uma diminuição ainda mais acentuada dos eventos trombo-embólicos e uma redução da mais temida complicação, a hemorragia intracraniana.

Palavras-chave:
Fibrilhação auricular de causa não valvular
AVC isquémico
Varfarina
Novos anticoagulantes orais
Hemorragia intracraniana
Abstract

In the last years the incidence of thromboembolic stroke has increased. Better control of other cardiovascular risk factors and the ageing of the population with the consequent augmentation of the prevalence of non valvular atrial fibrillation (NVAF) justify that increase. Although anticoagulation therapy has remarkable efficacy, from the perspective of the neurologist it seems to be underestimated. To support that perspective we present the casuistic of admissions in the Neurology Department of Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) during the first trimester of 2011 and the follow up from one to two years of all the patients that were admitted in the Stroke Unit of the HUC during 2010. We conclude that the introduction in the clinical practice of the new oral anticoagulants will allow a simplification of the proceedings in the patients with NVAF promoting, in the majority of the cases, a more marked reduction of thromboembolic events and also a reduction of their most feared complication, intracranial bleeding.

Keywords:
Non valvular atrial fibrillation
Ischemic stroke
Warfarin
New oral anticoagulants
Intracranial bleeding
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