Introduction and objectives: The association of low-density lipoprotein cholesterol (LDL-C) levels and prognosis in patients with heart failure (HF) remains uncertain. This study aimed to evaluate the prognostic significance of LDL-C in patients admitted for acutely decompensated HF and establish a safety cut-off value in this population.
Methods: This retrospective, observational study included 167 consecutive patients admitted for acute HF. LDL-C levels were measured on hospital admission, and patients were categorized according to their estimated cardiovascular (CV) risk. The primary endpoint was all-cause mortality at 1-year, while secondary endpoints included HF hospitalizations, major thrombotic events, and net clinical benefit.
Results: During the follow-up period, 14.4% of patients died. Higher LDL-C levels were independently associated with improved survival, with a 4-fold increase in survival probability for each 1mg/dL increase in serum LDL-C. The minimum LDL-C value not associated with increased mortality risk was 88mg/dL. Patients with LDL-C below this cut-off had a significantly higher risk of mortality and a tendency for higher HF hospitalization risk. The net clinical benefit endpoint was also influenced by LDL-C levels, with LDL-C below 88mg/dL associated with an increased risk of events.
Conclusion: In patients admitted for acutely decompensated HF, higher LDL-C levels were associated with reduced risk of mortality. An LDL-C value below 88m/dL was associated with increased mortality, suggesting the need for a more liberal LDL-C target in this specific patient population. These findings highlight the importance of considering LDL-C levels in the management and risk assessment of patients with HF.
Introdução e objetivos: A associação entre os níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) e o prognóstico de doentes com Insuficiência Cardíaca (IC) permanece incerto. Este estudo teve como objetivo avaliar o valor prognóstico dos níveis de LDL-C em doentes admitidos por IC aguda e estabelecer um cut-off de segurança para esta população.
Métodos: Este estudo retrospetivo e observacional incluiu 167 doentes admitidos por IC aguda. Os níveis de LDL-C foram avaliados no momento de admissão hospitalar e os doentes foram classificados de acordo com o seu risco cardiovascular. O outcome primário do estudo foi mortalidade de qualquer causa a 1 ano e os outcomes secundários, incluíram hospitalizações por IC, eventos trombóticos major e benefício clínico global.
Resultados: Durante o período de seguimento, 14,4% dos doentes faleceram. Níveis de LDL-C mais elevados associaram-se de forma independentemente a aumento de sobrevida, com um de 4 vezes na probabilidade de sobrevida por cada aumento de 1 mg/dL no LDL-C sérico. O valor mínimo de LDL-C que não se associou a aumento de mortalidade foi 88mg/dL. Nos doentes com LDL-C abaixo deste valor observou-se um aumento significativo do risco de mortalidade bem como uma tendência para um aumento do risco de hospitalização por IC. O benefício clínico global também foi influenciado pelos níveis de LDL-C, com níveis abaixo de 88 mg/dL associados a um aumento no risco de eventos.
Conclusão: Em doentes admitidos por IC aguda descompensada, níveis mais elevados de LDL-C associaram-se a uma redução do risco de mortalidade. Este estudo identificou como cut-off de segurança o valor de LDL-C de 88 mg/dL, sugerindo a necessidade de um alvo de LDL-C mais liberal nesta população específica. Estes resultados reforçam a importância de considerar os níveis de LDL-C na gestão e avaliação de riscos de doentes com IC.