“Ask not what your country can do for you – ask what you can do for your country.”
John Fitzgerald Kennedy
O ano de 2021 foi um ano de mudanças estruturantes para a Revista Portuguesa de Cardiologia (RPC). Foi o ano da edição digital exclusiva, o ano da publicação predominante em língua inglesa, o ano da criação dos patrocinadores institucionais, das tertúlias e podcasts e, mais importante do que tudo, foi o ano em que foi conseguida a recuperação do mês de publicação e em que o Fator de Impacto atingiu o valor recorde de 1,37.
Tudo isto só foi conseguido graças ao esforço conjunto de um grande número de pessoas, verdadeiras estrelas a trabalhar em equipa ao nosso lado – corpo editorial, editor multimédia e colaboradores, editor de ética, editores consultores, consultor editorial e bibliográfico, assistentes editoriais, tradutores, informáticos, diretor executivo, elementos da Elsevier e revisores, entre outros.
Tendo atingido este ponto, é lógico que nos questionemos sobre os próximos passos e sobre o que queremos e o que não queremos para a RPC.
Seguramente que não ambicionamos ser o European Heart Journal, o Circulation ou o Journal of the American College of Cardiology ou similar, grandes colossos da publicação científica e exemplos de alguns dos maiores fatores de impacto a nível mundial.
Mas ambicionamos – e queremos – reforçar o papel que a RPC desempenha na área da educação e formação científica dos cardiologistas e outros médicos portugueses, contribuindo de forma crescente para a cooperação e comunicação científica entre os membros da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC). E ambicionamos – sim, e queremos, sim – ir mais longe. É nosso objetivo ser líderes da publicação científica em Portugal e nos países onde a língua portuguesa é falada; e ambicionamos e queremos ser lidos e reconhecidos na Europa, e pretendemos colocar a cardiologia portuguesa no lugar de destaque que a nossa geração de cardiologistas merece.
Este é o nosso ADN, estas são as nossas justas ambições.
Mas, para atingirmos estes objetivos, precisamos de todos ao nosso lado, a direção da SPC, revisores e leitores, precisamos de todos os sócios da SPC. Precisamos de atitudes positivas e proativas. Queremos respostas céleres a pedidos de revisão (mesmo que seja um «não», desde que a resposta seja rápida) e precisamos de revisões dentro do nosso deadline de três semanas (na maior parte das revistas são 14 dias). Precisamos de gente séria, generosa e bem formada, que queira «arregaçar as mangas» e trabalhar ao nosso lado com entrega e entusiamo.
Queremos que os grupos portugueses que apenas publicam no estrangeiro também apostem em nós. Precisamos que os nossos leitores se tornem verdadeiros «embaixadores da Revista Portuguesa de Cardiologia», tendo orgulho no órgão oficial da SPC, fazendo a maior divulgação e propaganda possível e não deixando de pensar na RPC, sempre que cientificamente adequado, nos artigos que publicam em revistas internacionais ou em manuscritos que revêem para outras publicações.
Contamos convosco. Com o esforço e trabalho de cada um chegaremos mais longe e tornaremos cada vez melhor a nossa RPC!