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Vol. 33. Issue 10.
Pages 657-658 (October 2014)
Imagem em Cardiologia
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Fibroelastoma ou mixoma, eis a questão?
Fibroelastoma or myxoma: That is the question
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Raquel Ferreira
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ana_rakel_ferreira@hotmail.com

Autor para correspondência.
, Anabela Gonzaga, Jesus Viana, Manuela Vieira, José António Santos
Serviço de Cardiologia, Centro Hospitalar do Baixo Vouga, Aveiro, Portugal
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Rev Port Cardiol. 2014;33:821-210.1016/j.repc.2014.12.001
Raquel Ferreira, Anabela Gonzaga, Jesus Viana, Manuela Vieira, José António Santos
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Os tumores cardíacos primários são raros em todas as faixas etárias, com uma prevalência reportada entre 0,0017‐0,003%. Os autores apresentam o caso de um homem, 37 anos de idade, sem antecedentes patológicos relevantes, que recorreu ao serviço de urgência por quadro clínico de instalação súbita de hemiparesia direita. O estudo complementar revelou pequena área hipodensa no putamen esquerdo, sendo diagnosticado AVC isquémico, pelo que foi internado na unidade de AVC. Durante o estudo etiológico do evento cerebrovascular em idade jovem, fez ecocardiograma transtorácico (ETT) que demonstrou massa aderente ao folheto anterior da válvula mitral (Figura 1). Nesse contexto fez ecocardiograma transesofágico (ETE) para melhor esclarecimento do quadro que revelou pequena massa ecodensa de 0,5cm2, pediculada, de bordos bem definidos aderente ao folheto anterior da válvula mitral na face auricular, sugestiva de fibroelastoma papilar mitral (Figuras 2 e 3). Esta massa não condicionava insuficiência mitral (Figura 4) e o restante exame ecocardiogáfico demonstrou uma fração de ejeção do ventrículo esquerdo estimada em 65%, sem outras valvulopatias. Posteriormente o doente foi reencaminhado para o Centro de Cirurgia Cardiotorácica para excisão de massa, cujo exame macroscópico demonstrou formação nodular de 0,6cm de superfície espiculada e esbranquiçada, de consistência mole‐elástica. O exame histopatológico revelou mixoma cardíaco. Os autores apresentam este caso pela particularidade da apresentação, nomeadamente as caraterísticas ecocardiográficas.

Figura 1.

Ecocardiograma transtorácico em paraesternal longitudinal onde se visualiza pequena massa bem definida aderente ao folheto anterior da válvula mitral.

AE: artéria esquerda; VE: ventrículo esquerdo.
Figura 2.

Ecocardiograma transesofágico em corte longitudinal onde se visualiza massa ecodensa, pediculada, aderente ao folheto anterior da válvula mitral na face auricular. Visualiza‐se também o apêndice auricular esquerdo sem evidência de trombo.

AAE: apêndice atrial esquerdo; AE: artéria esquerda; VE: ventrículo esquerdo.
Figura 3.

Ecocardiograma transesofágico em corte longitudinal com ampliação da zona de interesse com a massa ecodensa, de 0,5cm2 aderente ao folheto anterior da válvula mitral.

AE: artéria esquerda; VE: ventrículo esquerdo.
Figura 4.

Ecocardiograma transesofágico em corte longitudinal com visualização da massa aderente à válvula mitral com Doppler colorido, sem insuficiência mitral significativa.

VE: ventrículo esquerdo.
Responsabilidades éticasProteção de pessoas e animais

Os autores declaram que os procedimentos seguidos estavam de acordo com os regulamentos estabelecidos pelos responsáveis da Comissão de Investigação Clínica e Ética e de acordo com os da Associação Médica Mundial e da Declaração de Helsinki.

Confidencialidade dos dados

Os autores declaram ter seguido os protocolos do seu centro de trabalho acerca da publicação dos dados de pacientes.

Direito à privacidade e consentimento escrito

Os autores declaram ter recebido consentimento escrito dos pacientes e/ou sujeitos mencionados no artigo. O autor para correspondência deve estar na posse deste documento.

Conflito de interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

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