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Vol. 34. Issue 11.
Pages 701-702 (November 2015)
Imagem em Cardiologia
Open Access
Aneurisma gigante e intratável percutaneamente da coronária direita
Giant right coronary aneurysm untreatable by percutaneous intervention
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Bruno Marmelo
Corresponding author
brunomarmelo@gmail.com

Autor para correspondência.
, Anne Delgado, Davide Moreira, João Pipa, Pedro Ferreira, Oliveira Santos
Serviço de Cardiologia, Centro Hospitalar Tondela‐Viseu, Viseu, Portugal
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Homem, de 63 anos, recorre ao serviço de urgência do hospital mais próximo do local de férias por indisposição generalizada e dor mandibular com quatro horas de evolução, sendo diagnosticado enfarte agudo do miocárdio (EAM) da parede inferior. Já tinha antecedentes de EAM há quatro anos, em França, tendo colocado stents na coronária direita e circunflexa. Dado ser um centro sem capacidade de angioplastia, realizou fibrinólise nos primeiros 30 minutos, sendo depois transferido para centro com a mesma valência. A coronariografia revelou volumoso aneurisma no segmento médio da coronária direita em relação com porção proximal de stent, com trombo recanalizado (Figura 1). Foi tentada angioplastia para exclusão de aneurisma, mas não foi possível atravessar o stent com os fios guia utilizados. Ficou a ideia que a porção proximal do stent estaria ocluída, fazendo‐se o fluxo através da malha lateral. Dias depois fez‐se nova tentativa de angioplastia, apresentando aspeto de trombo organizado (Figura 2). Cruzou‐se a malha lateral do stent, mas não foi possível progredir um balão (Figura 3). A Figura 4 evidencia o resultado final.

Figura 1.

Coronária direita com aneurisma gigante no terço médio, envolvendo porção proximal de stent com trombo luminal.

Figura 2.

Uma semana após evento agudo é aparente imagem de trombo organizado e fluxo através da malha do stent.

Figura 3.

Fio guia a atravessar malha de lateral do stent, não se conseguindo posteriormente progredir balão.

Figura 4.

Resultado final.

Neste caso, destaca‐se a atempada fibrinólise, que mostrou ser a terapêutica ideal para o doente. As dimensões do aneurisma excedem em quatro vezes o calibre do vaso de referência, definindo aneurisma gigante. O bom fluxo, a incapacidade de resolução percutânea e a incerteza de evolução levantam o problema da necessidade ou do timing correto para correção cirúrgica. O doente teve alta sob dupla antiagregação e, após seis meses de follow up clínico, permaneceu sem eventos.

Responsabilidades éticasProteção de pessoas e animais

Os autores declaram que para esta investigação não se realizaram experiências em seres humanos e/ou animais.

Confidencialidade dos dados

Os autores declaram que não aparecem dados de pacientes neste artigo.

Direito à privacidade e consentimento escrito

Os autores declaram que não aparecem dados de pacientes neste artigo.

Conflito de interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

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