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Pre-proof, online em 14 de julho de 2025
Effectiveness of a cardiac rehabilitation program in women with heart failure
Eficácia de um Programa de Reabilitação Cardíaca em Mulheres com Insuficiência Cardíaca
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Andreia Campinas1,2,*, Cristine Schmidt3,4,5,6, Maria Isilda Oliveira1,4,7,8, Sandra Magalhães2,6,8,9, Catarina Gomes1,2, Rita Nogueira-Ferreira10, Fernando Ribeiro11, Mário Santos1,2,5,6,8
1 Cardiology Department of Centro Hospitalar Universitário de Santo António (CHUdSA), 4099-001 Porto, Portugal
2 ICBAS – School of Medicine and Biomedical Sciences, Porto University, 4050-313 Porto, Portugal
3 Physiology and Cardiothoracic Surgery Department, Faculty of Medicine, Porto University, 4200-319 Porto, Portugal
4 CIAFEL – Physical Activity, Health and Leisure Research Center, Faculty of Sports, Porto University, 4200-450 Porto, Portugal
5 Laboratory for Integrative and Translational Research in Population Health (ITR), ISPUP, 4050-600 Porto, Portugal
6 Cardiovascular Prevention and Rehabilitation Unit of Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUPorto), 4099-001 Porto, Portugal
7 Physical and Rehabilitation Medicine Department of Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUPorto), 4099-001 Porto, Portugal
8 Cardiovascular Research Group at Unit for Multidisciplinary Research in Biomedicine (UMIB), ICBAS, Porto University, 4050-313 Porto, Portugal
9 Faculty of Sport at the University of Porto (FADEUP), Porto University, 4200-450 Porto, Portugal
10 Cardiovascular R&D Center - UnIC@RISE, Department of Surgery and Physiology, Faculty of Medicine of the University of Porto, 4200-319 Porto, Portugal
11 Institute of Biomedicine (iBiMED), School of Health Sciences, University of Aveiro, 3810-193 Aveiro, Portugal
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Resumo

Introdução e Objetivos: A eficácia da reabilitação cardíaca (RC) na melhoria da capacidade de exercício e qualidade de vida (QoL) na insuficiência cardíaca (IC) está bem estabelecida. No entanto, continua subutilizada em mulheres. Foi o nosso objetivo comparar a adesão e a eficácia de um programa de RC entre mulheres e homens com IC.

Métodos: Realizámos um estudo unicêntrico prospetivo com 93 doentes consecutivos com IC referenciados ao programa de RC no nosso hospital entre setembro de 2019 e julho de 2021. Definimos a adesão pela percentagem de sessões que os doentes frequentaram. A eficácia foi avaliada pelas diferenças no pico de consumo de oxigénio (VO2pico) e na pontuação da QoL antes e após o programa de RC. O VO2pico foi estimado durante uma prova cardiorrespiratória máxima. A QoL foi avaliada utilizando o Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire® (MLHFQ).

Resultados: Dos 93 doentes, 32.3% eram mulheres. Em relação à adesão, 84% dos completaram o programa de RC e não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos (p=0.232). O aumento no VO2pico não diferiu entre os sexos (p=0.938). Foi observada uma redução significativa na pontuação total, física e emocional do MLHFQ em ambos os sexos (todos p<0.05). Não foram encontradas diferenças significativas na análise de eficácia da QoL entre os grupos (todos p=NS).

Conclusão: As mulheres com IC apresentaram uma adesão semelhante ao programa de RC e o mesmo aumento no VO2pico, um marcador prognóstico robusto e validado na IC. As mulheres beneficiaram tanto quanto os homens em todas as dimensões da QoL. Estes dados reforçam a necessidade de aumentar a referenciação das mulheres com IC para programas RC.

Palavras-chave:
prevenção secundária
reabilitação cardíaca
insuficiência cardíaca
mulher
qualidade de vida
prova cardiopulmonar
Abstract

Introduction and Objectives: The effectiveness of cardiac rehabilitation (CR) in improving exercise capacity and quality of life (QoL) in heart failure (HF) is well established. However, it remains underutilized in women. We aimed to compare the adherence and effectiveness of a CR program between women and men with HF.

Methods: Prospective single-center study of consecutive 93 HF patients referred to a CR program between September 2019 and July 2021. We defined adherence as the percentage of sessions patients attended. The effectiveness outcomes were changes in peak oxygen uptake (VO2peak) and QoL measurements before (baseline) and after the CR program (12wk). VO2peak was assessed by a maximal effort cardiopulmonary exercise testing on a treadmill. QoL was assessed using the Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ).

Results: Among 93 patients, 32.3% were female. Regarding adherence, 84% of patients completed the CR program, and no significant differences were found between groups (p=0.232). The increase in VO2peak did not differ between genders (p=0.938). A significant reduction in the total, physical and emotional MLHFQ scores in both genders was observed (all p<0.05). There were no significant differences in QoL effectiveness analysis between the groups (all p=NS).

Conclusion: Women with HF adhered to the CR program similarly to men and had a similar increase in VO2peak, a robust and validated prognostic marker for HF in this setting. Women benefited as much as men in all dimensions of QoL. Together, these data emphasize the need to increase the referral of women with HF to CR programs.

Keywords:
secondary prevention
cardiac rehabilitation
heart failure
women
quality of life
cardiopulmonary exercise testing
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Revista Portuguesa de Cardiologia
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