TY - JOUR T1 - Os custos da insuficiência cardíaca em Portugal e a sua evolução previsível com o envelhecimento da população JO - Revista Portuguesa de Cardiologia T2 - AU - Gouveia,Miguel Rebordão de Almeida AU - Ascenção,Raquel Maria Sousa e Silva AU - Fiorentino,Francesca AU - Costa,João Nuno Marques Parracho Guerra da AU - Broeiro‐Gonçalves,Paula Maria AU - Fonseca,Maria Cândida Faustino Gamito da AU - Borges,Margarida de Fátima Palma Feria SN - 08702551 M3 - 10.1016/j.repc.2019.09.006 DO - 10.1016/j.repc.2019.09.006 UR - https://revportcardiol.org/pt-os-custos-da-insuficiencia-cardiaca-articulo-S0870255119305943 AB - Introdução e objetivosA insuficiência cardíaca (IC) é um problema crescente de saúde pública. Este estudo estima os custos atuais e futuros da IC em Portugal Continental. MétodosA estimativa dos custos foi realizada na ótica da prevalência e na perspetiva da sociedade. Os custos anuais da IC incluíram os custos diretos (consumos de recursos) e indiretos (impacto na produtividade da população). Utilizaram‐se maioritariamente dados da Base de Dados de Morbilidade Hospitalar, dados da prática clínica real relativamente aos consumos nos cuidados primários e opiniões de peritos. Estimaram‐se os custos para 2014 e, tendo em conta o envelhecimento da população, a evolução dos mesmos até 2036. ResultadosOs custos diretos em 2014 totalizaram €299 milhões (39% por internamentos, 24% por medicamentos, 17% por meios complementares de diagnóstico e terapêutica, 16% por consultas e o restante por outras rubricas como urgências e cuidados continuados). Os custos indiretos totalizaram €106 milhões (16% por absenteísmo e 84% por redução de emprego). Entre 2014 e 2036, por efeitos demográficos, os custos totais passarão de €405 para €503 milhões. O aumento nos custos por habitante será de 34%, um aumento superior ao dos custos totais (+ 24%) dada a redução prevista da população residente. ConclusõesA IC tem um importante impacto económico atual (2,6% do total das despesas públicas em saúde) e previsivelmente maior no futuro, o qual deve ser tido em consideração pelos responsáveis pelas políticas de saúde por forma a adequar a gestão de recursos atual e futura e minimizar o impacto desta doença. ER -