TY - JOUR T1 - Evolução e impacto do transporte pré‐hospitalar em doentes com enfarte agudo do miocárdio com elevação do segmento ST JO - Revista Portuguesa de Cardiologia T2 - AU - Silveira,Inês AU - Sousa,Maria João AU - Rodrigues,Patrícia AU - Brochado,Bruno AU - B. Santos,Raquel AU - Trêpa,Maria AU - Luz,André AU - Silveira,João AU - Albuquerque,Aníbal AU - Carvalho,Henrique AU - Torres,Severo SN - 08702551 M3 - 10.1016/j.repc.2017.02.013 DO - 10.1016/j.repc.2017.02.013 UR - https://revportcardiol.org/pt-evolucao-e-impacto-do-transporte-articulo-S0870255116303420 AB - IntroduçãoO enfarte agudo do miocárdio com elevação de ST (EAMcST) constitui uma emergência médica, beneficiando de um acesso rápido a cuidados diferenciados. O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução do transporte através da emergência pré‐hospitalar (EPH) e o seu impacto nos eventos clínicos. MétodosEstudo retrospetivo de doentes com EAMcST, submetidos a intervenção coronária percutânea primária entre janeiro de 2008 e julho de 2015. Os doentes foram divididos de acordo com o modo de transporte/admissão. Para cada grupo foi analisado tempo isquémico total (TIT), tempo porta‐balão (TPB) e eventos intra‐hospitalares e a um ano. ResultadosDe um total de 764 doentes, 33,5% foram transportados pela EPH, 45,8% chegaram por meios próprios, 13,7% transferidos de outra instituição e 6,9% pelos bombeiros. Nos últimos oito anos, verificou‐se uma tendência para uma utilização crescente da EPH. O grupo EPH, comparado com os restantes (não‐EPH), englobou uma percentagem maior de doentes com enfarte prévio, em classe III/IVKillip e apresentou uma redução significativa do TIT e TPB (195 versus 286 minutos p<0,001 e 61 versus 90 minutos p<0,001), mas não se verificaram diferenças significativas na taxa de eventos hospitalares ou a um ano. Os doentes que se apresentaram mais precocemente obtiveram taxas mais elevadas de reperfusão eficaz e menor mortalidade intra‐hospitalar (6,9 versus 33,9% p<0,001). ConclusãoVerificou‐se um impacto significativo da ativação da EPH na redução dos tempos de isquemia. Apesar de essa melhoria não se ter associado de forma direta a diferenças significativas na taxa de eventos, associou‐se a taxas mais elevadas de reperfusão eficaz, que se refletiram numa redução da mortalidade intra‐hospitalar. ER -