TY - JOUR T1 - Insuficiência cardíaca em números: estimativas para o século XXI em Portugal JO - Revista Portuguesa de Cardiologia T2 - AU - Fonseca,Cândida AU - Brás,Daniel AU - Araújo,Inês AU - Ceia,Fátima SN - 08702551 M3 - 10.1016/j.repc.2017.11.010 DO - 10.1016/j.repc.2017.11.010 UR - https://revportcardiol.org/pt-insuficiencia-cardiaca-em-numeros-estimativas-articulo-S087025511730745X AB - Introdução e objetivosA insuficiência cardíaca é um problema grave de saúde pública que atinge um elevado número de indivíduos e está associada a mortalidade e morbilidade elevadas. O presente estudo tem como objetivo estimar o cenário provável no que respeita à prevalência de IC em Portugal e respetivas consequências a curto, médio e longo prazo. MétodosA presente avaliação tem por base o projeto EPICA (Epidemiologia da Insuficiência Cardíaca e Aprendizagem) desenhado para obter estimativas de prevalência de insuficiência cardíaca crónica em Portugal continental, em 1998. Foram feitas estimativas de prevalência de insuficiência cardíaca, para indivíduos com idade superior a 25 anos, distribuídos por faixa etária e por sexo, recorreu‐se aos dados do Censo 2011, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estatística. ResultadosBaseados nas alterações demográficas esperadas, associadas a um envelhecimento marcado da população, iremos encontrar um número muito elevado de portugueses afetados por essa síndrome. Assumindo a manutenção das práticas clínicas atuais, estima‐se que a prevalência de insuficiência cardíaca em Portugal continental aumente em cerca de 30% em 2035 e 33% em 2060, relativamente a 2011, com um número de 479 921 e 494 191 indivíduos afetados para 2035 e 2060, respetivamente. ConclusõesPara além do elevado número de doentes esperado, estima‐se que as hospitalizações e a mortalidade associadas à síndrome aumentem significativamente o impacto económico da IC. Nesse sentido, revela‐se de extrema importância a consciencialização para a síndrome, o que facilitará o diagnóstico, a referenciação precoce de doentes e uma melhor gestão da insuficiência cardíaca, diminuindo o peso da doença em Portugal. ER -