TY - JOUR T1 - Será a implantação de desfibrilhador menos útil nos doentes com cardiopatia não isquémica? JO - Revista Portuguesa de Cardiologia T2 - AU - Marinheiro,Rita AU - Parreira,Leonor AU - Amador,Pedro AU - Sá,Catarina AU - Duarte,Tatiana AU - Fonseca,Marta AU - Farinha,José AU - Lopes,Cláudia AU - Caria,Rui SN - 08702551 M3 - 10.1016/j.repc.2018.01.009 DO - 10.1016/j.repc.2018.01.009 UR - https://revportcardiol.org/pt-sera-implantacao-desfibrilhador-menos-util-articulo-S0870255117306601 AB - Introdução e objetivoO benefício do desfibrilhador implantável está bem demonstrado nos doentes com cardiopatia isquémica. No entanto, a evidência deste benefício é menos robusta em doentes com cardiopatia não isquémica. Pretendeu‐se determinar se os doentes com cardiopatia não isquémica apresentavam a mesma incidência de choque apropriado e mortalidade total, comparativamente àqueles com cardiopatia isquémica. MétodosEstudo retrospetivo, em que foram analisados todos os doentes com cardioversor‐desfibrilhador implantável ou terapia de ressincronização cardíaca com desfibrilhador, implantados para prevenção primária, entre 2004 a 2014, num único centro. A população foi dividida em dois grupos: doentes com cardiopatia isquémica e doentes com cardiopatia não isquémica. O endpoint primário combinado foi choque apropriado e morte por qualquer causa. ResultadosForam estudados 281 doentes, dos quais 187 (66%) apresentavam cardiopatia isquémica. Os doentes com cardiopatia isquémica eram mais velhos, mais frequentemente do género masculino e com maior prevalência de fatores de risco cardiovasculares. O follow‐up médio foi de 55±42 meses. Trinta e quatro doentes (18%) com cardiopatia isquémica e 20 doentes (21%) com cardiopatia não isquémica tiveram um choque apropriado (p=0,64). Oitenta e nove doentes (47%) com cardiopatia isquémica e 36 (38%) com cardiopatia não isquémica morreram durante o follow‐up (p=0,19). A curva de Kaplan‐Meier demonstra que a probabilidade de choque ou morte ao longo do tempo é semelhante nos dois grupos (logrank, p=0.14). ConclusãoNa população estudada, não existiram diferenças na probabilidade de choque apropriado ou na mortalidade total nos doentes com cardiopatia não isquémica comparativamente aqueles com cardiopatia isquémica. ER -